9 de agosto de 2017 Web Moment

Dicas da Doutora – Esporotricose

Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos. Foi por muito tempo conhecida como “a doença do jardineiro” ou “doença das roseiras”, pois era comum acometer indivíduos que tivessem contato com plantas e solos contaminados. Este fungo geralmente habita a natureza, matérias orgânicas como o solo, palhas, vegetais e também madeiras, e desta forma contaminando o gato que tem por hábito a arranhadura.

Nos gatos, as manifestações clínicas da esporotricose são variadas, de acordo com a área afetada. Os sinais mais observados são nódulos, evoluindo para lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, podendo apresentar pus, que não cicatrizam e costumam aumentar rapidamente. Pode atingir vias respiratórias, manifestando sintomas que podem se confundir com gripes e quadros de alterações pulmonares.

Existe tratamento para a micose e o diagnóstico pode ser feito através de exames clínicos e laboratoriais. É muito importante que o tratamento seja seguido à risca e acompanhado por um médico veterinário, pois de acordo com a manifestação clínica pode haver mudanças e associações na terapêutica adotada.
No caso da morte de um animal com esporotricose, é essencial que o corpo seja cremado e não enterrado, pois o fungo pode se espalhar pelo solo e causar a doença entre outros animais e pessoas.
A melhor solução para evitar que a doença se espalhe é cuidar dos gatos doentes e evitar o abandono.

Não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença. O gato não é o vilão, na verdade, é a maior vítima da doença.
Dra. Renata Costa (especialista em felinos)